Era uma vez um jovem prÃncipe, mas não um prÃncipe suburbano qualquer, e sim o PrÃncipe da Dinamarca, o cara que todo mundo pensa que conversava com caveiras enquanto gritava “ser, ou não ser, eis a questão.” Jovem Hamlet injustiçado em busca de justiça que escolhe a loucura como engodo e escudo para dispersar pelos ares verdades doÃdas como veneno de formiga. Pois é deste prÃncipe longÃnquo a célebre afirmação, “há algo de podre no reino da Dinamarca” numa verdade intrÃnseca proferida em falsos devaneios. Desde seu vaticÃnio, vez por outra, nossos reinos, grandes ou pequenos, precisam de loucos como Hamlet, loucos sinceros, loucos destemidos que bradam sobre pedras que nada cheira bem nos castelos e masmorras destas terras tropicais.
Texto publicado hoje no Jornal Destak de Pantano Grande - RS
Tags:
Crônicas